Abandone seu instinto otário de calçada. Blog feminista tá de olho e levanta a questão do assédio sexual nas ruas
E lá no alto da sua gestão cafajeste você aprendeu que a cantada grosseira acompanhada de uma chupada de ar quando uma gostosa passa na calçada é coisa de macho. Não há coceira moral para suas frases de estivador estimuladas pelo apetite sexual.
Há quanto tempo você não dá uma bem dada, meu filho? Não perde em nada para os caras do interior que transam com cabras e galinhas quando o mundo animal está no rolê pelos ambientes ao ar livre.
A partir da cantada de pedreiro, o rumo do seu caráter está determinado: você é um animal que não assumiu a educação. Não sabe tratar uma mulher. Não voa como gavião, mas tem a certeza que é um predador.
Os comedores de calçada parecem viver com o pau duro, colecionam frases de caminhão no mote sexual. Mudam os adjetivos, muitas vezes ofensivos, mas não a intenção do recado. “Te chupo toda”, “ô lá em casa que te viro do avesso”, “pelamordedeus se eu te pego você vai ver”, "é nesses peito que eu mamava", “é com uma dessas que eu quebro a cama”...
CHEGA DE FIU FIU! Caminhar por um espaço público não torna o meu corpo público. Esse é o recado das mulheres do blog Think Olga . Elas levantaram esse debate porque a ala feminina está com o saco na lua de ser afrontada nas vias das cidades.
As discussões da campanha são atitudes para tentar implantar no cérebro masculino algo que não é genético: a educação, o bom senso, o respeito ao próximo.
Eu não sou a Valeska, não coloco minhas ancas pra jogo ao som de um funk no estilo ofensa audível. Não sou a Rita Cadillac, não te pedi um beijo no traseiro. Não pedi pra secar minha bunda quando eu saio do restaurante e tento voltar sossegada para o trabalho pela calçada da Alameda Santos. Não estou requebrando meu quadril na cara da sociedade, então, alto lá antes de abrir a boca! Não te dei essa liberdade. Dispenso o seu tesão mal resolvido!
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